História do Escotismo do Mar no Brasil
 



A chegada do escotismo no Brasil pelas mãos da Marinha.

Em 1910, foram trazidos ao Brasil, os navios da nova frota naval fabricados na Inglaterra.   Alguns dos militares que fizeram parte das tripulações que trouxeram os navios levaram seus filhos para Londres.


Os sub-oficiais que estavam embarcados, a maioria deles no Encouraçado Minas Gerais, se entusiasmaram pelo Escotismo e julgaram que os jovens brasileiros gostariam das atividades dos "boys scouts".   Este grupo, fora liderado pelo Sub-Oficial "Amélio Azevedo Marques", que foi o introdutor do Escotismo no Brasil.   Seu filho, o jovem Aurélio Azevedo Marques, ingressou em um Grupo Escoteiro inglês, onde fez a sua promessa, tornando-se, assim, o primeiro "boy scout" brasileiro.

Foto do famoso encouraçado Minas Gerais.
Foto do famoso encouraçado Minas Gerais.

Assim que chegaram ao Rio de Janeiro fundaram o Centro de Boys Scouts do Brazil, com sede no bairro do Catumbi, próximo onde hoje é o Sambódromo, endereço na Rua do Chichorro número 13.   Na entrada, existe uma placa alusiva à fundação do primeiro grupo escoteiro no país.   Devido as habituais transferências dos marinheiros que eram os Chefes, este grupo durou somente três anos.

Foto do 1º Grupo Escoteiro do Brasil em 1910.
Foto do 1º Grupo Escoteiro do Brasil em 1910.

A partir da chegada dos primeiros "Scouts", muitos núcleos passaram a se organizar tanto na capital do país (Rio de Janeiro) como em outros estados.   A década de 10 foi um turbilhão de abertura de unidades escoteiras, totalmente independentes e desorganizadas.   O apadrinhamento dos Grupos Escoteiros por homens da Marinha era comum.   Dá-se destaque na abertura em 15 de março de 1915 da tropa escoteira na 4ª Escola Masculina do 3º Distrito, por iniciativa do Almirante Amphilóquio Reis e sua esposa Thereza Maurity dos Santos Reis, diretora daquele Colégio, tendo como Chefe de Tropa o sargento Gelmirez de Mello, um marinheiro veterano da 1ª Guerra Mundial.

Esta era a Tropa Tiradentes, que viria a congregar mais seções e se chamar a partir agosto de 1921 de "10º Grupo de Escoteiros do Mar".   Tendo sido preparada para ser o primeiro grupo totalmente voltado para a pratica da marinharia no Brasil, o número e nome 10 (dez, décimo) foi estipulado para indicar a situação de "Grupo padrão dos Escoteiros do Mar", grupo "nota 10", "Grupo Padrão 10".   Este grupo foi a base para a fundação da CBEM - Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar, que viria a se chamar logo após, de FBEM (Federação Brasileira de Escoteiros do Mar).


A tropa Tiradentes da 4ª Escola Masculina do 3º Distrito-RJ (10º Grupo
desfilando em 1917 para o Presidente da República.


A idéia do Escotismo do Mar brasileiro.

A Missão José Bonifácio, em 1919, foi realizada pela imensa costa brasileira sob o Comando de Frederico Villar, trazendo à pátria milhares de brasileiros que viviam ignorados e isolados em praias, como por exemplo os pescadores.   Nessa Missão foram organizadas as inúmeras colônias de pesca, agrupando esses homens isolados e suas famílias, resgatando-lhes a cidadania.   Em cada colônia foi aberta uma escola para as crianças e jovens, filhos destes pescadores.   A Missão foi do extremo norte ao extremo sul do país.

Ao chegar no Pará, cidade de Belém, os oficiais do navio José Bonifácio foram convidados pelo então Tenente Benjamin Sodré (o Velho Lobo), que servia naquele local, a assistir a cerimônia de Promessa dos primeiros escoteiros do Estado do Grão Pará, chefiados por ele.

Ficaram tão empolgados com aqueles jovens que os levaram para visitar o cruzador auxiliar "José Bonifácio". Pequenas embarcações de salvamento foram colocadas na água para uso dos escoteiros, e como aqueles meninos e rapazes eram moradores de regiões ribeirinhas e praianas, tiveram grande facilidade para usar aquelas embarcações.   O então Tenente Benjamin Sodré, em conversa com os Comandantes Frederico Villar e Gumercindo Loretti dentre outros, observando os jovens nas embarcações, teve a idéia da constituição de um escotismo voltado para a cultura do homem do Mar e atividades na água.

O cruzador partiu em retorno, parando nas colônias de pesca recém organizadas onde incentivavam a idéia da abertura futura de Grupos de Escoteiros do Mar junto das escolas e colônias de pesca.   Deste trabalho conseguiram organizar os primeiros 4 Grupos de Escoteiros do Mar para a Federação a ser fundada em 1921: o Santos , o Jequiá , o 10° Grupo e o Cabo Frio.


O desenvolvimento do Escotismo do Mar e a criação da UEB.

A fundação da CBEM - Confederação Brasileira de Escoteiros do Mar (futura FBEM) aconteceu em um memorável acampamento realizado na enseada de Jurujuba (Niterói/RJ).   Hoje, existe no local uma placa de bronze alusiva a esta data. Destacam-se como pioneiros desta gloriosa iniciativa o então Ten.   Benjamin Sodré (o Velho Lobo), o Tenente-Aviador Gelmirez de Mello (o Polvo Velho), o Comandante Frederico Villar, o Comandante Gumercindo Loretti, o Professor Gabriel Skinner e o Almirante Raja Gabaglia.

Logo foram se juntando aos primeiros grupos, o Jurujuba, o Copacabana, o São João da Barra, o Caju, o Saquarema, o Pará, o Maranhão, o Paquetá, o Euclides da Cunha, o Marcílio Dias e outros mais, que não necessariamente possuíam as características determinantes de grupos de colônias de pescadores.

Não é possível se pensar em Escoteiros do Mar sem se associar a idéia de embarcações.   Para suprir este problema inicial, os Grupos se valiam de embarcações alugadas ou emprestadas por particulares e pela Marinha.   O 10º Grupo comprou as suas expensas um escaler, dando-lhe o nome de "Loretti" e, não tardou muito, por uma doação popular a população de Paquetá comprou um escaler de quatro remos e com velas para seus Escoteiros do Mar.

O Loretti, do 10º Grupo. Patroando: o Polvo Velho.
O Loretti, do 10º Grupo.   Patroando: o Polvo Velho.

O relacionamento da Federação Brasileira de Escoteiros do Mar teve atenção e auxílio oficial da Marinha de Guerra, trazendo vantagens e facilidades para o Escotismo do Mar, em todos os níveis.   A Marinha criou laços com os Escoteiros do Mar que permanecem até hoje.

Assim, em Aviso nº 3.811 de 28-03-23 do Exmo. Sr. Ministro da Marinha, criou o primeiro Regulamento dos Escoteiros do Mar, que deveria ser seguido por todos.   Recursos materiais e apoio moral foram fatores de acentuado e seguro desenvolvimento do Movimento Escoteiro do Mar no Brasil.   Embarcações, instalações, pessoal para instrução, oficina de reparos, muitos auxílios foram cedidos e/ou facilitados à FBEM não só na então Capital Federal, mas também em outros estados.   Após o "Loretti", foi adquiridos o "Parnaíba", o "Celine", a "Pérola", e outros.   Em 1933, as embarcações seriam cerca de duas dezenas de navios distribuídos pelos diversos estados.

Em 1924, a FBEM - Federação Brasileira de Escoteiros do Mar foi pioneira em unir as diferentes formas de prática do Escotismo no Brasil.   Juntamente com a Associação de Escoteiros Católicos e a Associação de Escoteiros Fluminenses, fundou a UEB - União dos Escoteiros do Brasil.   A primeira reunião foi no Clube Naval no Centro do Rio de Janeiro, que também foi a primeira sede oficial da UEB.

Em março de 1928, na Revista Escoteira "ALERTA", nº 7, a FBEM informa que existiam dois responsáveis pelo controle e desenvolvimento do Escotismo do Mar no Brasil, sendo estes os Chefes Gelmirez de Mello (10° GEMAR/RJ) e Fábio Soares (GEMAR Jequiá/RJ).   O país ficou dividido em duas zonas, do Rio de Janeiro para o Norte e do Rio de Janeiro para o Sul.   O Escotismo do Mar na região Nordeste já se mostrava bem desenvolvido, especialmente no Pernambuco, sob os auspícios do Chefe Guilherme de Azevedo.

No mesmo ano de 1928 foi realizado na Fortaleza de São João, bairro da Urca, Rio de Janeiro, o mais antigo AJURI dos Escoteiros do Mar que se tem conhecimento, conforme matéria publicada na mesma revista, e a FBEM possuía um Campo Escola na Ilha de Paquetá.


Participantes do AJURI dos Escoteiros do Mar em 1928, na Fortaleza São João, noticiado pela revista "ALERTA", é o Ajuri mais antigo que se tem conhecimento.

Em 1929, uma patrulha de Escoteiros do Mar é enviada à Inglaterra, tomando parte no Jamboree da Maioridade.   É esta a primeira participação dos Escoteiros do Mar do Brasil em atividades internacionais.

Em 1934, possuía uma sede instalada no andar térreo de um local onde, anteriormente, funcionava a Lavanderia do Lloyd Brasileiro, junto às docas do Mercado Velho, onde se ergueu o antigo Edifício da Caça e Pesca, e hoje é ocupado pelo Departamento Juridico do STF, na praça XV de Novembro, no Rio de Janeiro.

Em 1935, concretizando uma idéia do Chefe de Mar Bonifácio Borba, é formado o primeiro Círculo de Pioneiros (CIPI), magnífica e primeira importante contribuição para o desenvolvimento do roverismo (Ramo Pioneiro) nacional.   Tendo em vista que os Pioneiros, ou "Rovers" quase não existiam no Brasil, e quando existiam eram de forma desordenada, aleatória e isolada. Bonifácio Borba, que foi o primeiro Comissário Internacional da UEB, teve contatos diretos com Robert B-P e trouxe vários materiais específicos para o Ramo Pioneiro, entre eles o Livro sobre Pioneiros do Dr. Griffin que fala das virtudes e da mesa pioneira, da investidura pioneira e explica a mística do Ramo, tratada também por Baden-Powell no Escotismo para Rapazes. Logo este Folheto foi traduzido pela Equipe de Interesse Almirante Barroso do Clã Tiradentes do 10° Grupo, que foi o primeiro Clã Pioneiro a ser formado no Brasil.


Livro do Dr. Griffin, traduzido pelo Clã Tiradentes.

Também em 1935 foi realizado o 1º Grande Jogo Naval dos Escoteiros do Mar, com o tema "O bloqueio - João das Bottas", que repetiu o feito incomparável do Tenente João de Oliveira Bottas, no Recôncavo Bahiano, na Guerra da Independência, a primeira façanha da nascente Marinha do Brasil. O GJN foi idealizado e executado pelo Polvo Velho (Ch. Gelmirez de Mello) e seria o primeiro de diversos a serem executados nos anos seguintes como em 1938 ("O Navio Pirata"), 1943 ("A Batalha Naval de Paquetá") e 1968 ("A Cápsula dos Astronautas").


O 1º Grande Jogo Naval.

Em março de 1936, é impresso o primeiro número da revista "O Escoteiro do Mar".   Tendo sido um dos grandes impulsionadores da FBEM, trazia grande diversidade de assuntos e matérias, destinando-se a transmitir técnica marinheira, ensinamentos doutrinários, músicas e todo o tipo de cultura escoteira.   A Escola de Chefes do Mar da FBEM, já concluía seu 7º Curso de formação de Chefes do Mar, com uma constante preocupação com a formação dos adultos marinheiros.

Foto da capa da revista o Escoteiro do Mar nº 1, veinculada nas décadas de 30 e 40 pela FBEM.
Foto da capa da revista o Escoteiro do Mar nº 1,
veinculada nas décadas de 30 e 40 pela FBEM.

Neste mesmo ano foram criadas as Comissões Regionais de Escoteiros do Mar nos Estados, subordinadas diretamente ao órgão nacional da Federação Brasileira de Escoteiros do Mar, com seus Comissários Regionais presentes nos estados do Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e no Distrito Federal (RJ).   No Rio Grande do Sul, destacava-se seu Comissário Regional João Pedro Machado que escrevia colunas jornalísticas e um programa de rádio sobre o Escotismo do Mar e, em 1936 já fundava após a Tropa B. Sodré a segunda tropa de mar daquele estado, na Ilha Pintada.   O efetivo de Escoteiros do Mar da FBEM em 1936 era de mais de 6.500 membros e somavam-se nos registros, mais de 40 embarcações escoteiras.

Em 1937, a Marinha de Guerra entregou em usufruto a bela e imponente Ilha da Boa Viagem aos Escoteiros do Mar.   Nesta ilha, localizada no município de Niterói/RJ, à entrada da Baía de Guanabara, existe uma casa, o "Castelo Escoteiro", que foi destinado ao Escotismo do Mar, sediando o GEMAR Gaviões do Mar.   O posicionamento da Ilha é importante para a proteção da Baia de Guanabara em tempos de guerra.   Sua cessão se deu com a condição de que quando for necessária para a segurança nacional, a Marinha de Guerra retornaria a guarda da Ilha.   Em tempos de paz, a guarda permanece com os Escoteiros do Mar e na Guerra com a Marinha.


A Ilha da Boa Viagem em Niterói/RJ.

Em 1938, adquiriam os Escoteiros do Mar a sua primeira Base Naval própria localizada no Porto de Maria Angu, em Olaria, subúrbio do Rio de Janeiro. Naquele local, foi construída a Base Naval Oeste, um Estaleiro-Oficina para o reparo naval que serviu por muitos anos a todos os Grupos inclusive como sede aos que ficavam desprovidos.   A Base continha Loja Escoteira, cantina, espaço administrativo, garagem para Embarcações e oficina para reparos. Com a construção da Avenida Brasil em 1946, a Base Naval perdeu a saída para o mar.

Em Setembro de 1941, existiam Grupos de Escoteiros do Mar em dezesseis das unidades da República: Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.   No mesmo ano, em mais uma iniciativa para a formação dos adultos, a Escola Nacional de Chefes Escoteiros do Mar, realiza em posição de vanguarda o 1° Curso de Mestres Pioneiros realizado no Brasil.


Entreposto Federal da Pesca: o andar térreo e o 1° andar da ala que se vê ao fundo, foram ocupadas pelas sedes da FBEM e da UEB.   Na doca localizada em frente, ficavam os barcos dos Escoteiros do Mar.

A Sede Nacional da FBEM era no andar térreo do Edifício do Entreposto Federal de Pesca, na Praça XV da então Capital Federal.   A cessão do 4° piso, em 1941, foi expressamente mandada pelo então Ministro da Agricultura Dr. Fernando da Costa em reconhecimento ao relevante papel que o Escotismo do Mar representava na formação da nacionalidade e no preparo da juventude.

Neste período, eram 73 embarcações, um Campo-Escola funcionando na Ilha da Boa Viagem, uma Base Naval instalada no Porto de Maria Angu (RJ), 32 fundeadouros localizados em 14 Estados, uma revista já no seu quinto ano de existência, uma Escola Nacional de Chefes do Mar no 14° Curso, 7 Escolas regionais de Chefes e 7 Comissões Regionais.   Em 7 de junho de 1957 foi adquirida uma nova Base Naval Oeste, na Ilha do Governador - Rio de Janeiro/RJ, sob a guarda do 71° GEMAR Almirante Waldemar Mota.


A nova Base Naval Oeste, na Praia das Rosas, Ilha do Governador, Rio de Janeiro/RJ, adquirida pela FBEM em 1957, ano do cinqüentenário escoteiros.

Em 1950, se desfaz a Federação Brasileira de Escoteiros do Mar, sendo denominada como Modalidade na UEB, porém sua estrutura continuou funcionando até finais dos anos 60, quando passou a ser uma componente da UEB, a Coordenação Nacional de Escoteiros do Mar.

Na década de 80, volta a ser impresso "O Escoteiro do Mar", publicação Oficial do Escotismo do Mar brasileiro na UEB, dando seqüência a revista antiga que parou a circulação em 1943.   Em 1986 62 Grupos Escoteiros do Mar foram registrados junto a UEB, contendo representações em Alagoas (1), Amapá (1), Amazonas (2), Bahia (4), Ceará (2), Distrito Federal - Brasília- (1), Espírito Santo (1), Mato Grosso (1), Pará (6), Paraíba (4), Paraná (2), Pernambuco (3), Piauí (1), Rio Grande do Norte (2), Rio Grande do Sul (6), Santa Catarina (4), São Paulo (4), Sergipe (2) e Rio de Janeiro (14).   A Coordenação Nacional de Escoteiros do Mar contava com 10 membros em sua equipe.

O Projeto Rumo ao Mar sendo entregue ao Ministro Sabóia.
O original do Projeto Rumo ao Mar sendo entregue ao Ministro Sabóia.

Com a finalidade de dotar os Grupos Escoteiros do Mar de todo o Brasil com embarcações adequadas às práticas marinheiras e despertar o gosto pelas coisas do mar, foi entregue em 4 de setembro de 1987 ao Ministro da Marinha o original do Projeto Rumo ao Mar.   Ao longo de 10 anos diversas embarcações já haviam sido entregues a Grupos Escoteiros do Mar em diferentes Regiões Escoteiras do Brasil.   No mesmo ano, realizava-se o segundo Ajuri Nacional de Escoteiros do Mar, no Colégio Naval de Angra dos Reis. Houveram ainda nove re-edições, seis delas no Rio de Janeiro e as outras no Rio Grande do Sul, São Paulo (Santos), Bahia (Salvador) e Santa Catarina.

No ano de 2002 através do CONAMAR Carlos Borba a Marinha lança na NORMAN-03 o reconhecimento aos Escoteiros do Mar e sua história na formação marinheira.   É reconhecida a prova teórica dos Cursos de Chefes Escoteiros do Mar como válida para a habilitação de Arrais e Veleiro Amador.

Em 2008, o Projeto Rumo ao Mar é transformado em Instituto Rumo ao Mar (RUMAR) com uma bela Assembléia de Fundação realizada no auditório do Museu Naval no centro do Rio de Janeiro.   Também em 2008, dois pioneiros do 8ºGEMAR Almirante Adalberto Nunes, do Distrito Federal, foram os primeiros a representar o Brasil na Copa Internacional de Escoteiros do Mar "William I. Koch International Sea Scout Cup", realizada na Academia Naval dos Estados Unidos, Robert Crown Sailing Center (USNA), em Annapolis, estado de Maryland.

Os pioneiros Henrique Uchôa e Nycholas Pontes e a Chefe de Mar Heide Seidler participaram da Copa Internacional de Escoteiros do Mar nos EUA, a primeira representação brasileira na competição.
Os pioneiros Henrique Uchôa e Nycholas Pontes e a Chefe de Mar Heide Seidler participaram da Copa Internacional de Escoteiros do Mar nos EUA, a primeira representação brasileira na competição.

No mesmo ano é reeditado o Grande Jogo Naval com a proposta de ser realizado nacionalmente, nas regiões escoteiras sob um mesmo tema.  As regiões do Pará e do Rio de Janeiro foram as primeiras a realizar o novo estilo do Grande Jogo Naval que teve como tema os "200 anos da vinda da família real portuguesa e a corte para o Brasil - "O desembarque da família real".   Em 2009 o tema foi "um cruzeiro em família".

O distintivo do Grande Jogo Naval 2008.
O distintivo do Grande Jogo Naval 2008.

Visando as comemorações do Centenário do Escotismo do Mar nos anos de 2009 e 2010 os Chefes de Mar Andre Torricelli F. da Rosa e Andrea Leon Pinheiro do 123ºGEMAR Almirante Saldanha (RJ) realizaram a tradução para a língua portuguesa do livro "Escotismo do Mar para Rapazes" escrito por Robert B-P em 1910 e também de diversos artigos comemorativos da Inglaterra.   Em abril de 2009 na reunião de Chefes do Mar na Assembléia Nacional da UEB em Bento Gonçalves (RS) houve o lançamento do WebSite "www.escoteirodomar.org" veículo oficial de informação para os Escoteiros do Mar do Brasil.

Em agosto de 2009 de acordo com o "Documento Base para as Comemorações do Centenário" as regiões do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pará realizaram grandiosas solenidades em comemoração pela abertura do ano do Centenário Mundial do Escotismo do Mar, que tiveram o relatório traduzido para italiano, espanhol e francês, sendo divulgadas para todo o mundo.
 

 

Autor: Andre Torricelli F. da Rosa (123° GEMar Almirante Saldanha-RJ)
Ano: 1ª edição em 2003 / Atualização em 2008.
Fontes: Revistas "O Escoteiro do Mar", "Alerta", texto de Fábio Alcântara, entrevistas.